O legado da COP30 para o Brasil e para o mundo.
Embora o cenário geopolítico seja desafiador, o momento é de apresentar planos mais ambiciosos, assegurar financiamento, implementar medidas e fortalecer o multilateralismo.
Nesse contexto, o Brasil ocupará um papel essencial, e precisará demonstrar coerência e alinhamento das suas estratégias nacionais com as expectativas globais.
O Brasil pretende apresentar suas Soluções Baseadas na Natureza (SbN) como alicerce de um novo mercado de ativos sustentáveis, capaz de unir proteção da biodiversidade, desenvolvimento econômico e inclusão social. Colocar as florestas — especialmente a Amazônia — no centro da COP30, não apenas como sumidouros de carbono, mas como ativos de desenvolvimento, biodiversidade, resiliência.
Além disso, o fortalecimento da governança é condição para o Brasil cumprir suas metas e consolidar posição de liderança internacional, de modo que está sendo proposta a criação de uma Agência Nacional do Clima, que atuaria como órgão central de coordenação das políticas climáticas nacionais.
Ainda, o Brasil propôs um mecanismo financeiro inovador - o Tropical Forests Forever Facility (TFFF) - com o objetivo de financiar a conservação de florestas tropicais globalmente. Espera-se que seja formalmente lançado em Belém.
A presidência da COP30 pretende, também, entregar um pacote, seja de novos acordos internacionais, seja grandes agendas de ação, seja de financiamento, para a área de adaptação.
Mais que uma conferência, a COP30 é oportunidade para o Brasil demonstrar liderança e consolidar um legado global de ação climática, projetando a Amazônia como símbolo da transição justa e sustentável.
Fontes: o eco, capitalreset, neo mondo, laclima
Texto: Daniella Magno, sócia e advogada em Pires Advogados.
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