A cúpula do clima COP26 teve início hoje, em Glasgow, e acontece até o dia 12 de novembro.

Mas o que é a tão falada 'COP26'?

COP significa 'Conferência das Partes' - países que se reúnem para discutir as questões da Mudança Climática ( UNFCCC ) - refere-se ao tratado firmado na Cúpula da Terra , realizada no Rio de Janeiro em 1992, onde alguns países concordaram em trabalhar para combater o aquecimento global.

Em cada COP existe uma negociação para alinhar e atualizar as ações de cada um dos países envolvidos para combater as mudanças climáticas.

A COP26 foi atrasada em um ano devido à pandemia de COVID e trás uma questão: conter a mudança climática é possível ou está fora do nosso alcance?

O primeiro a discursar nesta 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima foi o Primeiro Ministro britânico, Boris Johnson, anfitrião do evento. Ele comparou a crise climática a uma bomba relógio: "temos a oportunidade e o dever de fazer desta cúpula o momento em que a humanidade finalmente começou a desarmar esta bomba”.

"Temos que passar de conversa, debate e discussão para ação”, complementou o Premier.

Após a fala de Boris Johnson, o secretário geral das Nações Unidas, António Guterres, falou aos líderes mundiais que os combustíveis fósseis continuam levando o planeta ao seu limite e, afirmando que as ações não devem apenas partir de "governos", mas também da iniciativa privada.

“É hora de dizer ‘chega’. Chega de brutalizar a biodiversidade. Chega de nos matarmos com carbono. Chega de tratar a natureza como um banheiro. Chega de queimar, perfurar e minerar cada vez mais fundo. Estamos cavando nossas próprias covas”, disse Guterres.

O secretário-geral aponta ainda para a necessidade de um desenvolvimento inclusivo e sustentável para superar as emergências que o planeta enfrenta em sua biodiversidade para garantir sociedades estáveis para o futuro.

O presidente da COP26, Alok Sharma, colocou algumas metas para essa conferência,  são elas:

  • Manter a meta de limitar o aquecimento a 1,5ºC -  o que pode envolver qualquer coisa para zerar a emissão de dióxido de carbono até metade do século e cortar as emissões de gases de efeito estufa de forma mais agressiva nessa década.
  • Estabelecer uma data para o fim do uso de carvão - algo que os líderes do G20 não conseguiram concordar em Roma. Líderes falam em acabar com o carvão “incessante”, o que significa que algum carvão ainda poderá ser empregado se conseguirem utilizá-lo sem emitir gases de efeito estufa.
  • Oferecer US$ 100 bilhões em financiamento climático anualmente —  o que as nações ricas haviam concordado em fazer a partir de 2020 para ajudar países em desenvolvimento fazerem a transição para economias de baixo-carbono e se adaptarem para os impactos da crise.
  • Fazer todos os carros vendidos serem zero poluentes em 14 a 19 anos.
  • Finalizar e reverter o desmatamento até o fim da década, já que florestas fazem parte essencial para remover o carbono da atmosfera.
  • Reduzir emissões de metano - um potente gás com capacidade 80 vezes maior de aquecimento do que o dióxido de carbono. Os EUA e a Europa prometem reduzir 30% das emissões de metano.

Em sua fala, Sharma disse acreditar que a COP26 ajude na solução de temas pendentes, mas alertou que a “luz vermelha está piscando”.

Abdulla Shahid, presidente  da Assembleia Geral da ONU, ressaltou em seu discurso que “não temos feito o suficiente”.

Shahid afirmou que quase US$ 100 trilhões foram destinados para ajudar na neutralização do carbono pelo setor privado. A questão é que não há clareza sobre como tais valores serão utilizados, priorizados ou medidos. 

E, por último, o presidente da Assembleia Geral destacou que os empregos ecológicos são o futuro, e que asseguram a prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental.


Texto: Patricia Lemos, Marketing em Pires Advogados e Consultores.


Fontes:

www.cnnbrasil.com.br

www.weforum.org

www.news.un.org

 

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