Dia Mundial de Combate à Desertificação


 

Embora as interpretações sobre o termo desertificação variem, a preocupação é a mesma e está concentrada na degradação da terra causada pelo homem em áreas com precipitação baixa ou variável, conhecidas como terras áridas, que correspondem a cerca de 40% do solo do mundo.

Ainda que a degradação do solo tenha ocorrido ao longo da história, o ritmo se acelerou, impulsionado por fatores como, urbanização, mineração, agricultura e pecuária sem critérios ambientais, tudo o que contribui para a erosão do solo e incapacidade da terra de reter água e/ou ser viável para o plantio. Além disso,  as mudanças climáticas e temperaturas médias mais altas podem ainda amplificar esses efeitos. 

Em 1994, a ONU - Organização das Nações Unidas - estabeleceu a Convenção de Combate à Desertificação (UNCCD), por meio da qual 122 países, inclusive o Brasil, se comprometeram com as metas de Neutralidade da Degradação de Terras. Esses esforços envolvem trabalhar com os agricultores para proteger as terras aráveis, recuperar terras degradadas e administrar o abastecimento de água de maneira mais eficaz.

Para a ONU, o Dia Mundial de Combate à Desertificação em 2021 tem como foco a transformação de terras degradadas em terras saudáveis. Restaurar as terras degradadas traz resiliência econômica, cria empregos, aumenta a renda e a segurança alimentar. Evitar, desacelerar e reverter a perda de terras produtivas e ecossistemas naturais é urgente.

Infelizmente, no Brasil, algumas áreas da Caatinga - Bioma exclusivamente brasileiro - já chegaram ao estágio de desertificação

Pernambuco possui hoje o Zoneamento das  Áreas Suscetíveis à Desertificação. Apresentado em março deste ano pela Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), o Zoneamento descreve as situações de suscetibilidade à desertificação das regiões do Agreste, Sertão, além de dois municípios da Zona da Mata Sul, recentemente incluídos no semiárido brasileiro, totalizando 123 municípios.

Escassez de água, solos rasos, baixa fertilidade agrícola, evapotranspiração elevada e processos de desertificação são problemas enfrentados pelo estado de Pernambuco, que possui cerca de 90% do seu território sob a ação de clima semiárido. 

Na busca de soluções, o Zoneamento leva em consideração a Agenda 2030, da ONU, para o Desenvolvimento Sustentável, além de outras diversas iniciativas que abordam a adaptação das áreas vulneráveis e a gestão do risco, com redução dos núcleos de desertificação e áreas degradadas por meio da recuperação do ecossistema.

Texto: Patricia Lemos, Marketing em Pires Advogados e Consultores.

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