Desencontros na condução da pandemia e no posicionamento ambiental do país geram impacto no volume de investimento estrangeiro. Muitos fundos que tinham o Brasil em seu portfólio decidiram reavaliar seus investimentos.
Ao mesmo tempo, as exigências externas de conformidade com normas de não desmatamento estão ficando mais rígidas, os investidores estrangeiros pressionam por garantias de conformidade em toda cadeia de suprimentos, e não somente da atividade preponderante, inclusive entre os fornecedores indiretos. Esse é um ponto crucial em praticamente todas as decisões de exclusão de investimento por gestores internacionais em setores como do agronegócio.
Em dezembro de 2019, investidores que gerem US$ 3 trilhões divulgaram carta exigindo o cumprimento da chamada 'moratória da soja', assinada em 2006, pela qual empresas, ONGs e governos acordaram pela não comercialização de soja plantada em área de desmatamento na Amazônia. Investidores estrangeiros admitem avanços importantes nos últimos anos, mas demonstram preocupação com o desmatamento associado a outras atividades e em outros biomas. Pressionam, então, para que a moratória se estenda para as áreas do bioma do Cerrado além da Amazônia.
Por Ana Cláudia Castro, Advogada de Pires Advogados e Consultores

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