O "novo normal" e a segurança dos alimentos



A pandemia gerada pelo primeiro surto do novo coronavírus desencadeou inúmeras discussões sobre como seria o “novo normal”, pós crise, em diversas áreas. A China já enfrenta uma segunda onda de contágio, que poderia ser, também, chamada de nova, sem ter, contudo, estabelecido o “novo normal” depois da primeira.

O primeiro surto, ocorrido em meados de dezembro, aconteceu num mercado tradicional de Wuhan, esse segundo surge num mercado de alimentos frescos, de produtores de Xinfandi, em Pequim.

Ponto em comum: alimentos. Fato que acende um alerta para países produtores, exportadores e importadores de alimentos. Não há fronteira ou barreira alfandegária para vírus e Segurança Alimentar. Mas, nada disso é, de fato novo, pois a preocupação com a Segurança Alimentar, rastreabilidade e cadeia de produção e fornecimento, são pontos que já faziam parte da lição de casa do setor agroindustrial, porém, agora terão cada vez mais relevância.

A sanidade ou biosseguridade da produção de alimentos e animal deverá integrar, mais fortemente, a estratégia dos produtores, ao lado de sustentabilidade e produtividade.

Uma aposta para o nada “novo normal”: saúde será vista de forma bem mais abrangente e interdisciplinar. Numa visão ampliada, abarcará zoonoses, riscos e contaminações ambientais, ameaças à saúde humana vindas dos mais variados vetores, sejam pessoas, animais ou o meio ambiente em desequilíbrio.

Texto: Ana Castro, Advogada em Pires Advogados e Consultores.
Fontes:
Jank, Marcos Sawaya. O Coronavirus e a segurança alimentar. Jornal “O Estado de S. Paulo”, Opinião, 26/06/2020.
Embrapa. Covid-19 reforça cuidados sanitários em propriedades leiteiras. Produção Animal, 02/06/20.

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